Open banking: afinal, o que é e o que muda na sua vida?

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O Open Banking terá início em julho de 2021. Conheça todos os detalhes sobre esse novo serviço que vai revolucionar o mercado financeiro.

Open banking: afinal, o que é e o que muda na sua vida?

Você já teve vontade de mudar de banco, mas só de pensar na burocracia envolvida com o processo, desanimou? Em breve isso deve mudar.

O Brasil terá mais uma novidade no sistema financeiro: o Open Banking. Ele será implementado em 15 de julho deste ano e promete facilitar a vida do consumidor que precisa de crédito e serviços bancários.

Mas, o que significa Open Banking, quais são suas vantagens e por que você deve saber mais informações sobre isso?

É o que vamos te explicar agora!

 

O que é Open Banking?

“Open Banking” pode ser traduzido como “banco aberto”, e o conceito por trás desse termo é que o consumidor deve ter o direito de escolher compartilhar seus dados cadastrais e históricos financeiros com as instituições que desejar. 

Em outras palavras, através do Open Banking, os brasileiros terão mais autonomia para migrar de um banco para o outro, caso desejarem.

Com isso, não será mais necessário começar um relacionamento do zero com uma financeira. Se quiser abrir uma conta no banco X, solicitar empréstimos do banco Y e optar pelo seguro da instituição Z, você pode!

É importante dizer que tudo isso acontece apenas se houver a autorização do cliente. Um banco não pode conseguir suas informações se você não permitir.

 

Além disso, só podem participar desta dinâmica as instituições que tenham a aprovação do Banco Central.

Para que isso seja possível, o Open Banking propõe que todo o sistema financeiro adote mecanismos de segurança e comunicação digitais padronizados. Dessa forma, fica mais fácil, seguro e menos burocrático para o consumidor fazer a portabilidade de uma financeira para a outra. 

Essa integração deve acontecer por meio de API (Interface de Programação de Aplicativos, na tradução do português), um recurso que viabiliza a troca de informações entre dois sistemas diferentes. São as APIs que permitem que você faça login em uma rede social utilizando seus dados de email, por exemplo.

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Veja como será o Open Banking no Brasil

O início da operação desse novo sistema no Brasil foi dividido em quatro fases, sendo que a primeira começou em fevereiro. 

Nessa fase, as instituições financeiras abriram seus dados sobre canais de atendimento, produtos e serviços oferecidos.

As próximas fases serão as seguintes:

  • Fase 2: 15/07 - Início do compartilhamento de dados dos clientes com as instituições participantes, sempre passíveis da autorização do consumidor;
  • Fase 3: 30/08 - Liberação de soluções como a realização de pagamentos e recebimento de ofertas de crédito fora do ambiente bancário (por exemplo, em aplicativos de mensagens);
  • Fase 4: 15/12 - Abertura para o compartilhamento de dados com outros segmentos e serviços financeiros, como seguros, previdência, investimentos e operação de câmbio.

Por aqui, todas essas novidades são reguladas pela Lei Complementar n° 105/2001, conhecida como Lei do Sigilo Bancário, que não permite o compartilhamento de dados sem autorização do cliente para instituições não participantes do Open Banking.

Além dessa lei, existe uma outra que também protege o cliente quanto aos seus dados. É a Lei Geral de Proteção de Dados (n° 13.709/2018), que entrou em vigor em 2019.

Saiba mais: 10 perguntas e respostas para entender a nova lei de proteção de dados

 

Conheça as vantagens desse novo sistema financeiro

Nos últimos anos, o sistema financeiro brasileiro tem passado por várias atualizações. Uma das últimas foi o PIX, sistema de pagamentos e transferências instantâneas que chegou para ficar.

Com o Open Banking não será diferente, por isso, vamos conhecer as principais vantagens dessa nova possibilidade no mercado financeiro.

  • Aumenta a necessidade de agradar o consumidor, uma vez que os clientes terão maior facilidade para trocar de banco;
  • Eleva a transparência das informações, incluindo dados sobre tarifas e serviços oferecidos por cada instituição;
  • Faz com que os dados bancários pessoais passem a ser liberados apenas se você permitir;
  • Oferece mais facilidade na hora de conseguir crédito ou abrir uma conta em outro banco, uma vez que será possível ver seu histórico financeiro;
  • Gera mais segurança, visto que todas as transações e informações são norteadas pelo Banco Central do Brasil.

Aliás, segundo o Banco Central, espera-se que esse sistema possa garantir opções de créditos mais personalizadas, melhorando a experiência financeira do cliente.

Outro detalhe importante é que seus dados podem ser compartilhados no prazo de 12 meses com outras instituições, mas você tem a possibilidade de cancelar esse compartilhamento quando quiser.

Ou seja, tudo indica que o Open Banking será mais um passo para que você, consumidor, seja realmente dono dos seus dados pessoais e possa utilizá-los como a seu favor.

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